Cólicas menstruais: um tema ainda tabu - Madame Patch

Menstruação Dolorosa: Ainda um Tabu

Fadiga extrema, cólicas insuportáveis, dor nas costas, náuseas… Para muitas mulheres, a menstruação não é apenas um incômodo passageiro, mas um verdadeiro sofrimento. No entanto, essa dor, embora frequente e às vezes debilitante, permanece trivializada, ignorada, minimizada.
Aprendemos desde muito cedo a “agir como se nada estivesse errado”. A não reclamar. A ir trabalhar, estudar ou praticar esportes rangendo os dentes. Porque “é normal sentir dor”. Mas e se essa normalidade fosse justamente o verdadeiro problema? E se começássemos a reconhecer essa dor pelo que ela é: uma realidade física, às vezes debilitante, que merece ser ouvida, abordada… e, acima de tudo, finalmente discutida? Um sofrimento banalizado por gerações Cólicas menstruais vistas como “normais” “É assim mesmo.” “Não há nada que possamos fazer a respeito.” “Todas as mulheres sentem dor.” Ouvimos essas frases há séculos. Como resultado, gerações de mulheres cresceram acreditando que a dor faz parte do ciclo menstrual, que é preciso apenas “aguentar firme”. Mas sentir tanta dor a ponto de chorar, vomitar e nem conseguir sair da cama... isso não é normal.
Esse condicionamento contribuiu para tornar os sintomas invisíveis, para atrasar o diagnóstico de doenças como a endometriose e para fazer dessa dor um fardo silencioso.

O impacto do tabu na vida diária das mulheres

Como não falamos o suficiente sobre a dor menstrual, continuamos a sofrê-la em silêncio.

No trabalho, na escola, nos esportes, em suas vidas pessoais, as mulheres muitas vezes têm que lidar com a dor em silêncio. Algumas pessoas assumem a responsabilidade, abusam de analgésicos ou tiram folga, alegando outras desculpas, devido à falta de reconhecimento do que estão vivenciando. Esse silêncio tem consequências: isolamento, culpa, fadiga crônica e até mesmo abandono dos estudos ou do trabalho. É urgente repensar nossa relação coletiva com a dor menstrual: reconhecê-la é o primeiro passo para aliviá-la. Finalmente, uma crescente conscientização na sociedade? Longo Ignorada, a dor menstrual está finalmente saindo das sombras. Graças aos esforços de algumas autoridades locais, universidades e empresas, o assunto está gradualmente se tornando uma verdadeira preocupação de saúde pública.
Finalmente estamos falando sobre licença menstrual, possíveis adaptações nos estudos ou no trabalho e respeito ao corpo feminino. Este é apenas o começo, mas já é um grande passo rumo a um maior reconhecimento.

Licença Menstrual no Local de Trabalho e na Comunidade

Em 2024, a prefeitura de Saint-Ouen-sur-Seine tornou-se uma das primeiras autoridades locais na França a introduzir a licença menstrual para suas funcionárias. Outras empresas pioneiras na Espanha, Holanda e Bélgica estão seguindo o exemplo.

Leia mais: Comunicado de imprensa da prefeitura - A cidade de Saint-Ouen, pioneira na licença menstrual, pede mobilização parlamentar para legislação


O objetivo? Permitir que as pessoas que menstruam descansem quando sentirem necessidade, sem justificativas humilhantes ou tabus.
Essa prática, ainda rara, abre caminho para uma nova maneira de encarar a menstruação: não mais como uma fraqueza, mas como uma realidade física a ser levada em consideração.

As universidades francesas estão tomando medidas

Entre as estudantes, as coisas também estão mudando. A Universidade de Angers, por exemplo, implementou acomodações acadêmicas específicas para pessoas que sofrem de períodos particularmente dolorosos.

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A ideia é simples, mas poderosa: não penalizar uma aluna por sentir dor. Essas iniciativas mostram que os jovens, muitas vezes a força motriz por trás da mudança, estão pressionando por mais escuta, flexibilidade e reconhecimento da realidade da menstruação. Em direção a um melhor reconhecimento da dor. Essas mudanças ainda isoladas refletem uma coisa essencial: estamos começando a ouvir. A dor menstrual não é mais vista como algo a ser escondido, mas como um fenômeno que merece atenção. Esse reconhecimento inicial deve ser acompanhado por soluções acessíveis, recursos educacionais e, acima de tudo, discussão aberta. Falar sobre cólicas menstruais não é reclamar; é vivenciar a vida plenamente, sem precisar se justificar. Soluções naturais para aliviar cólicas menstruais Conversar é essencial. Mas para quem convive com dores intensas todos os meses, encontrar soluções concretas é igualmente importante. Embora os medicamentos possam proporcionar alívio, eles não são adequados para todas as mulheres. Por isso, cada vez mais mulheres estão optando por abordagens mais suaves e que respeitam o corpo, para vivenciar a menstruação de forma diferente. Plantas, infusões, movimentos suaves Açafrão-da-terra, gengibre, camomila e erva-cidreira são plantas conhecidas por suas propriedades anti-inflamatórias e calmantes. Como infusão, podem ajudar a relaxar os músculos e aliviar as cólicas.
O movimento também é um aliado: ioga menstrual, caminhada lenta, alongamento suave… Essas ações simples estimulam a circulação e liberam endorfinas, os famosos hormônios do bem-estar.
São frequentemente esses pequenos rituais, integrados à vida diária, que permitem que você recupere algum controle sobre o seu corpo durante esse período.

O adesivo Madame: uma solução discreta, eficaz e natural

Entre as soluções naturais mais populares, o Para entender como funciona e como usá-lo corretamente, você pode consultar nosso guia completo sobre o adesivo para cólicas menstruais

28 de maio – Dia da Higiene Menstrual: Quebrando o Silêncio

Dia da Higiene Menstrual 2021 | Igualdade de Gênero

Todo ano, o dia 28 de maio marca uma data importante: Dia Mundial da Higiene Menstrual.
Criado para aumentar a conscientização sobre a pobreza menstrual, a educação menstrual e o acesso a produtos de higiene menstrual em todo o mundo, este dia também é uma oportunidade para abrir a conversa sobre tudo o que envolve a menstruação, incluindo a dor.

O papel das marcas, da mídia e das escolas

A higiene menstrual não se limita ao acesso a produtos menstruais: também inclui o controle da dor, o conforto e o bem-estar diário.
Reconhecer a menstruação dolorosa como um problema de saúde
significa permitir que todas as mulheres não sofram mais em silêncio, peçam ajuda sem vergonha e gerenciem melhor seu ciclo.
E isso também envolve informação: entender seu corpo, seus sinais e as soluções existentes.
Por exemplo, você sabia que certas atividades físicas podem como se exercitar durante o período menstrual?

Como todos podem agir: educação, escuta, soluções concretas

Mudar mentalidades requer Também está nos pequenos gestos do dia a dia: ouvir um amigo sem julgamentos, apoiar um colega em sofrimento ou ousar falar sobre sua dor.
E em termos de soluções, escolher opções que respeitam o corpo, como o adesivo Madame, também é um ato de autonomia e autocompaixão.

Perguntas frequentes – Menstruação dolorosa: o que nem sempre ousamos perguntar

Posso solicitar uma licença ou um ajuste?

Sim, em alguns casos, e cada vez mais organizações estão começando a entender isso. Algumas empresas e universidades oferecem licença menstrual ou adaptações específicas. Também não há nada de errado em discutir esse assunto de forma aberta e respeitosa no seu ambiente de trabalho ou estudo. Dor menstrual não é motivo de vergonha.

E se eu tiver vergonha de falar sobre isso no trabalho?

Isso é compreensível: o tabu em torno da menstruação ainda é forte. Mas falar sobre o que você está sentindo, usando as palavras certas e em um ambiente acolhedor, pode abrir caminho para uma maior compreensão e entendimento. E lembre-se: você não precisa justificar a dor.

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